domingo, 27 de outubro de 2013

Walter e a trave garante o empate nos 100 anos de Corinthians x Santos


Postado As:  18:25  |  Em:  Santos

De um lado, Walter. Do outro, a trave. Não se pode acusar Corinthians e Santos de não terem tentado a vitória no clássico em Araraquara. O goleiro do Timão evitou gol de Everton Costa, sozinho na área. Já Douglas, que já havia marcado um, carimbou o poste a minutos do fim. Esforço, brios... Mas nada que tenha evitado um desanimador 1 a 1. Ruim para ambos, que comemoraram em 2013 os cem anos de um clássico que valeu uma taça simbólica, conquistada pelo Timão nos critérios de desempate (cartões recebidos).
Ruim, mas perfeito para refletir as temporadas de um Timão, apesar dos títulos paulista e da Recopa, muito aquém do que se imaginava, e um Peixe que tenta se redescobrir após a saída de Neymar. No alvinegro da capital, é tão difícil, mas tão sofrido fazer um gol, que Douglas comemorou o seu na maca, já que se chocou com Arouca ao cabecear. No praiano, ao menos ainda segue viva a chama da Libertadores. Se Grêmio ou Atlético-PR vencerem a Copa do Brasil, o G-4 vira G-5. Neste momento, dois pontos separam o Santos da zona.
Vaias antes e depois do clássico. Antes, só para Alexandre Pato, ainda resultado da cobrança de pênalti que dormiu nas mãos de Dida. Depois, para todos. O pacto que os corintianos haviam anunciado para vencerem todos os jogos até o fim de 2013 já cai por terra na primeira oportunidade. O time não vence duas seguidas no Brasileiro desde o início de agosto, quando bateu Grêmio e Criciúma. Um turno sem duas vitórias.
 Já eliminados da Copa do Brasil, os alvinegros paulistas vão descansar e treinar durante essa semana, e voltarão a campo somente no próximo domingo. O Timão vai a Salvador, onde enfrentará o Vitória, que também faz parte da briga por uma vaga na Libertadores. Já o Peixe terá um difícil compromisso contra o líder e quase campeão Cruzeiro, na Vila Belmiro. Ambas as partidas serão realizadas às 17h.
Corinthians x Santos Brasileirão (Foto: Marcos Ribolli)
Sheik pra lá, Sheik pra cá...
Os corintianos revelaram um pacto para vencerem todos os jogos até o fim do ano após a eliminação na Copa do Brasil, nos pênaltis, na cavadinha de Pato, contra o Grêmio. Deviam ter feito pacto antes, pensaram os torcedores no primeiro tempo em Araraquara. Não que tenha sido uma maravilha, mas a disposição, a pegada, o ritmo da equipe ao menos lembrou, de longe, no fundo da memória, seus melhores momentos.
É verdade também que Paulo André teve atuação segura na defesa, e Renato Augusto deu toque de qualidade ao setor ofensivo. Talvez tenham sido os melhores. Mas o símbolo da mudança de atitude foi Emerson. Em temporada apagada, um dos heróis do inesquecível ano de 2012 correu demais. Começou o jogo pela esquerda, onde chutou com perigo para defesa de Aranha. Foi para a direita, e lá cruzou para Douglas marcar. E terminou como centroavante, perdendo chance incrível após ganhar de Cicinho.
douglas corinthians gol santos série A (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O Santos se assustou com o ímpeto do rival. Talvez estivesse acostumado ao marasmo habitual. Encolhido, o Peixe deixou Willian José isolado à frente, e o resto do time foi sendo sufocado pela pressão do Corinthians, que sofreu no início pela ausência de um atacante com características para atuar dentro da área: Guerrero está machucado, e Pato machucou tanto a torcida com seu pênalti displicente que ficou no banco - e foi muito hostilizado.
Quando Cícero participou mais da partida, o Peixe cresceu. Ele apareceu na área para concluir de cabeça, sua especialidade, bom cruzamento de Mena. Walter espalmou. Aranha não teve a mesma sorte. Douglas cabeceou para o fundo do gol após passe de Sheik, e comemorou na maca, já que Arouca acertou, sem querer, seu nariz.
Sem pontaria
Edu Dracena, Gil, Everton Costa... Tantos poderiam ter decidido o clássico. Mas só Gustavo Henrique, zagueiro de 18 anos que talvez nem devesse estar na área do rival, conseguiu. Aproveitou o domínio errado de Everton para ganhar de Walter e garantir o ponto do Peixe.
O Santos tinha de se soltar. Precisava avançar. Não havia o que fazer após 45 minutos de apenas uma chance. Os laterais passaram a atacar mais, com as coberturas de Arouca e Alison. Ao menos virou um clássico de verdade, equilibrado. Cícero continuou sendo o mais perigoso. Ele bateu falta com força, da entrada da área, e novamente parou em Walter.
Tite já havia avisado que Renato Augusto não aguentaria os 90 minutos, resultado de uma artroscopia no joelho direito. Mas os torcedores que não receberam o aviso reclamaram quando ele foi substituído por Danilo. Compreensível. O camisa 8 dá um toque diferente ao time. Fez muita falta na temporada ao se lesionar demais.
Edu Dracena cabeceou para fora, sozinho, após cobrança de falta de Montillo. Eram tantos jogadores do Santos livres, que até ele deve ter pensado estar impedido. Não estava. Gil também estava sozinho, e também cabeceou para fora. Zagueiro-artilheiro só Gustavo Henrique.
O estádio ficou barulhento quando Tite chamou Alexandre Pato. Ele foi vaiado, aplaudido, fotografado, xingado... E entrou na vaga de Diego Macedo. Não fez nada de mais nem de menos. Apenas torceu. Torceu muito para que Everton Costa perdesse o gol. Lançado na área, ele estava livre, mas não se livrou de Walter.
Pato torceu também para o chute de Douglas entrar. Não entrou. Carimbou a trave. Foi o último ato de um clássico que merece aplausos pela dedicação, não pela qualidade.

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